Junta Militar do Níger Mantém o Desafio e Anuncia Permanência no Poder por Três Anos

A junta militar do Níger liderada pelo general Abdourahamane Tchiani reafirmou no sábado sua intenção de permanecer no poder durante um período de transição de três anos, desafiando assim a ameaça de intervenção militar aprovada pela Comunidade Económica dos Estados da África Ocidental (Cedeao). O líder dos golpistas alertou que, caso ocorra uma agressão contra eles, "não será a caminhada que alguns acreditam". Ele enfatizou que enfrentarão os 26 milhões de nigerianos. Enquanto a tensão e um clima pré-guerra continuam a aumentar no Níger, no domingo, milhares de manifestantes pró-junta se reuniram em Niamey para expressar seu apoio ao Conselho Nacional para a Proteção da Pátria (CNSP). Durante o protesto, eles entoaram slogans contra a intervenção militar, a CEDEAO e a França. Além disso, no sábado, milhares de jovens responderam ao apelo da junta militar para se inscreverem como voluntários de apoio às Forças Armadas no estádio nacional Seyni Kountché. A junta prometeu a esses voluntários um pagamento de 50 mil francos CFA (cerca de 75 euros). Em meio a esses acontecimentos, esforços diplomáticos estão em andamento. Uma missão da CEDEAO conseguiu se reunir tanto com o general Tchiani quanto com o presidente deposto Mohamed Bazoum, em Niamey, a capital do Níger. A situação no Níger permanece volátil, e os próximos passos são incertos, com tensões políticas e sociais em ascensão. Fonte: ElPaís.com Por: Adriano Ngondo

NOTCIANAÇÕESEXCLUSIVO