Secretária do Comércio dos EUA busca relação comercial estável com a China
A secretária do Comércio dos Estados Unidos, Gina Raimondo, expressou em Pequim a importância de manter relações comerciais estáveis entre os Estados Unidos e a China. Isso ocorre em um momento em que as duas maiores economias mundiais buscam reduzir as tensões existentes. Gina Raimondo é a quarta funcionária do governo de Joe Biden a visitar a China este ano, sinalizando uma retomada do diálogo de alto nível entre os dois países, cujas relações se deterioraram nos últimos anos devido a disputas comerciais, questões de direitos humanos, o estatuto de Hong Kong, Taiwan e a soberania do mar do Sul da China. No encontro com o ministro do Comércio chinês, Wang Wentao, Raimondo destacou a importância de suas trocas comerciais, que totalizam 700 bilhões de dólares, enfatizando a necessidade de estabilidade nessas relações econômicas, mesmo considerando a complexidade e as divergências existentes. As principais divergências incluem as restrições impostas pelos Estados Unidos à exportação de produtos de alta tecnologia para a China, que Washington justifica com a necessidade de preservar sua segurança nacional, enquanto Pequim acredita que tais medidas têm como objetivo limitar seu crescimento econômico. Gina Raimondo enfatizou que os Estados Unidos consideram uma economia chinesa forte como benéfica e que está comprometida em promover o comércio e o investimento em áreas de interesse mútuo. Embora as autoridades de ambos os países expressem otimismo, não foram anunciados progressos significativos em relação às divergências que afetaram as relações sino-americanas nas últimas décadas. O governo chinês busca atrair investidores estrangeiros para a China, enquanto enfrenta desafios econômicos. Raimondo e Wang Wentao concordaram em trabalhar juntos para promover um ambiente político mais favorável e fortalecer o comércio e o investimento bilateral. Ambos os lados também estão explorando novas formas de cooperação e trocas de informações para melhorar o engajamento. A visita de Raimondo ocorre após uma série de visitas de autoridades norte-americanas à China, refletindo um desejo de reavivar o diálogo em diversos âmbitos. No entanto, ainda não foram alcançados avanços substanciais nas questões que têm afetado as relações sino-americanas. Pequim interrompeu o diálogo com Washington sobre questões militares, climáticas e outras em agosto de 2022, em retaliação à visita de Nancy Pelosi, então presidente da Câmara dos Representantes dos EUA, a Taiwan, que é reivindicada pela China como parte de seu território. Raimondo busca medidas concretas e viáveis para avançar nas relações comerciais, reconhecendo os desafios envolvidos, especialmente no acesso a tecnologias dos EUA, como semicondutores, que são cruciais para o desenvolvimento de diversas indústrias na China. No entanto, Raimondo enfatizou que, em questões de segurança nacional, não há espaço para compromissos, mas destacou que a maioria do comércio entre os EUA e a China não envolve preocupações sobre segurança nacional. Ela também defendeu a estratégia da administração Biden de reduzir riscos, incluindo o aumento da produção doméstica de tecnologia de ponta nos EUA e a diversificação das fontes de abastecimento. Pequim, por sua vez, vê essas medidas como uma tentativa de isolar a China e prejudicar seu desenvolvimento, mas Raimondo reiterou que a busca é por uma competição saudável que beneficie ambos os países. Fonte: Notícias ao Minuto por:Victorino Chivembe
NOTCIAEXCLUSIVO
Victorino Chivembe Katchimbombo
8/28/20232 min read


A secretária do Comércio dos Estados Unidos, Gina Raimondo, expressou em Pequim a importância de manter relações comerciais estáveis entre os Estados Unidos e a China. Isso ocorre em um momento em que as duas maiores economias mundiais buscam reduzir as tensões existentes.
Gina Raimondo é a quarta funcionária do governo de Joe Biden a visitar a China este ano, sinalizando uma retomada do diálogo de alto nível entre os dois países, cujas relações se deterioraram nos últimos anos devido a disputas comerciais, questões de direitos humanos, o estatuto de Hong Kong, Taiwan e a soberania do mar do Sul da China.
No encontro com o ministro do Comércio chinês, Wang Wentao, Raimondo destacou a importância de suas trocas comerciais, que totalizam 700 bilhões de dólares, enfatizando a necessidade de estabilidade nessas relações econômicas, mesmo considerando a complexidade e as divergências existentes.
As principais divergências incluem as restrições impostas pelos Estados Unidos à exportação de produtos de alta tecnologia para a China, que Washington justifica com a necessidade de preservar sua segurança nacional, enquanto Pequim acredita que tais medidas têm como objetivo limitar seu crescimento econômico.
Gina Raimondo enfatizou que os Estados Unidos consideram uma economia chinesa forte como benéfica e que está comprometida em promover o comércio e o investimento em áreas de interesse mútuo.
Embora as autoridades de ambos os países expressem otimismo, não foram anunciados progressos significativos em relação às divergências que afetaram as relações sino-americanas nas últimas décadas. O governo chinês busca atrair investidores estrangeiros para a China, enquanto enfrenta desafios econômicos.
Raimondo e Wang Wentao concordaram em trabalhar juntos para promover um ambiente político mais favorável e fortalecer o comércio e o investimento bilateral. Ambos os lados também estão explorando novas formas de cooperação e trocas de informações para melhorar o engajamento.
A visita de Raimondo ocorre após uma série de visitas de autoridades norte-americanas à China, refletindo um desejo de reavivar o diálogo em diversos âmbitos. No entanto, ainda não foram alcançados avanços substanciais nas questões que têm afetado as relações sino-americanas.
Pequim interrompeu o diálogo com Washington sobre questões militares, climáticas e outras em agosto de 2022, em retaliação à visita de Nancy Pelosi, então presidente da Câmara dos Representantes dos EUA, a Taiwan, que é reivindicada pela China como parte de seu território.
Raimondo busca medidas concretas e viáveis para avançar nas relações comerciais, reconhecendo os desafios envolvidos, especialmente no acesso a tecnologias dos EUA, como semicondutores, que são cruciais para o desenvolvimento de diversas indústrias na China.
No entanto, Raimondo enfatizou que, em questões de segurança nacional, não há espaço para compromissos, mas destacou que a maioria do comércio entre os EUA e a China não envolve preocupações sobre segurança nacional.
Ela também defendeu a estratégia da administração Biden de reduzir riscos, incluindo o aumento da produção doméstica de tecnologia de ponta nos EUA e a diversificação das fontes de abastecimento. Pequim, por sua vez, vê essas medidas como uma tentativa de isolar a China e prejudicar seu desenvolvimento, mas Raimondo reiterou que a busca é por uma competição saudável que beneficie ambos os países.
Fonte: Notícias ao Minuto
por:Victorino Chivembe